Ter uma prática de vida equilibrada, auto-sustentável e consciente passa por
diversos aspectos.
Um deles e talvez o mais importante é o como lidamos com a nossa casa interior.
Essa que é a casa do nosso espírito, da nossa alma.

É perceber que os processos internos e externos caminham sincronicamente.
Para tal é importante aceitar e notar os ciclos da natureza, bem como as culturas
tradicionais ancestrais, desde maias, incas, védicos e cultura oriental já traziam
como conhecimento intrínseco.
A natureza humana e natureza verde vivem os mesmos tempos, só é preciso olhar
para esse aspecto sutil.
E um passo para esse caminho é desmistificação da morte.
É reconhecer a morte como um adubo para a vida.
É notar que essas são polaridades da mesma força, que uma não pode viver sem a
outra, e mais do que isso, fazem parte de um crescimento e desenvolvimento
interior. Caminham para a evolução neste plano e outros.
Como você tem lidado com a morte em seus mais variados aspectos?
O que você precisa deixar ir para que o novo floresça?
Uma relação? Um padrão? Uma mágoa?
O quão estamos abertos ao novo que tanto pedimos?
Será que já abrimos espaço suficiente?
Ter compaixão com seu momento interno e aceitar que aspectos precisam ser
resolvidos antes de atrair uma nova vibração é primordial. Enquanto a morte não
acontece, a vida, de uma nova forma não pode chegar.
As estações e suas mensagens
● O outono: convite à morte, deixar ir o que precisa ser transformado. É quando
as folhas caem, dando espaço ao que é essencial. Sendo que essas folhas
retornam ao solo para nutrir a terra (ou seja, as experiências ficam guardadas,
mas não precisamos carregar suas marcas ou antigos padrões, é hora de deixar ir) .
● Inverno: recolhimento profundo para que a semente no escuro sob a neve
possa então brotar (pode ser visto como uma reavaliação profunda de toda nossa
trajetória, um lugar de introspecção onde escolhemos com cautela o que irá
continuar conosco para nutrir o que queremos nesse renascer, um lugar tipicamente
mental) .
● Primavera: o florescimento, renascimento (estar em equilíbrio com o que se é,
estar pronto para se colocar no mundo. momento onde os movimentos são mais
fluidos) .
● Verão: ápice da colheita e preparação para recomeçar o ciclo de morte do
que precisa mudar (momento de maior receptividade com o mundo externo, de
obter maiores resultados sobre o que foi plantado, se preparando para o recomeço
do ciclo todo) .
Note como colocar um projeto pessoal em ação no outono requer muito mais
esforço do que entre o inverno e primavera.
Dica:
Observe como a natureza se comporta a sua volta em cada ciclo, mesmo que seja
no vaso da sala ou varanda. Observe também o que as suas emoções e psiquê
trazem à tona em cada estação.
Estar equilibrado requer disponibilidade para observar os movimentos naturais por
um viés mais sensível. Dessa forma, desenvolve-se maior percepção de si e do
todo.
A natureza pendular
O símbolo Ying Yang já traz consigo o código de que, no ápice da luz existe a
semente da noite e vice versa.
A inspiração leva à expiração. O meio dia encaminha inexoravelmente à meia noite.
O inverno leva à primavera. A euforia leva à depressão.
Então, como fluir com leveza dentro desses aspectos?
Como se manter no equilíbrio nesses movimentos?
Um caminho é observar a natureza fora e a sua respiração.
No dia a dia
Logo pela manhã observe sua respiração, se está fluída, abdominal ou travada, com
longas pausas. Respire profundamente por 2 minutos mentalizando o que deseja
para o dia que começa. Mentalize 3 qualidades que quer reforçar e 3 padrões que
precisam morrer.
Você pode utilizar o óleo essencial de pinho para complementar essa prática.
Tenha em mãos uma fita olfativa ou pedaço de papel.
Pingue 2 gotas do óleo essencial de pinho.
Sente-se em silêncio e com os olhos fechados inale o aroma profundamente.
Se pergunte, como é esse aroma para você? Ele te faz expandir ou contrair? Agora
se pergunte: "O que em mim precisa ir?" "Quais marcas eu ainda guardo que
precisam ser liberadas?".
Reflita sobre essas questões, anote em um caderno, como guia para uma
transformação diária, passo a passo.
Você pode repetir a prática com o pinho por 7 dias.
(*Ele pode trazer maior introspecção ou melancolia. É a movimentação de
energias/memórias internas estagnadas) .