Sempre tive uma lacuna em relação ao entendimento a lei do Karma.
Essa lei inexorável que diz respeito a ação e reação. Fazer e pagar.
Quando digo lacuna, falo sobre a minha antiga dúvida da certeza de quitação do débito.
Quando se da?
O que antes era um universo de possibilidades de respostas x teorias x sensações, hoje,
com algumas experiências, se tornaram meu norte.
Sinto que os Karmas não são pagos pelo sofrimento sentido durante a vida ou dia a dia.
Vejo essas situações simplesmente como reflexo do Karma gerado.

Já o pagamento ou quitação desse ato se da pela tomada de consciência da ação realizada. E não apenas ver com clareza o que gerou, como também entregar o que se deve ao devido lugar, não se identificar com tal ato de forma que não é parte mais do seu ser.
Como um brinquedo que a criança pega de outra e depois devolve. Ou mesmo um
empréstimo que se paga.
É quase como fazer uma faxina na casa e encontrar aquele livro que está contigo há anos,
mas é de outra pessoa.
E mesmo você nem lembrando mais quem é o dono, é importante devolver.
Vasculhar nosso ser através do autoconhecimento e desenvolvimento é trilhar uma jornada
árdua.
Pode doer e muito encontrar marcas de um passado não tão bonito assim, mas fato é que,
o que importa é ser honesto consigo mesmo, ter força para encarar e saber que, hoje,
aquele não é mais você. Ter compaixão com seu caminho e perdão.
Portanto, por meio dessa consciência clara e expandida, sabemos exatamente quando
encerramos um ciclo karmico.
E encontrar a raiz dos Karmas é simplesmente incrível!
É como um presente divino, concedido pelo merecimento, frente à seu esforço, maturidade
psicológica, emocional e espiritual.
Encerrar um ciclo karmico, mesmo que te faça olhar para sua história sob um viés muito mais realista ( trazendo sensação de vergonha ou tristeza para consigo mesmo ), é libertador!
É estar leve novamente, mesmo de um peso que nem se sabia que tinha. É ter a certeza
que muitos ciclos repetitivos irão simplesmente sair do seu sistema (* lembrando que,
sempre que quebramos com um padrão é importante se manter atento e disciplinado até
integrar a nova faixa vibracional que atua no seu campo ).
É um recomeço!
O caminho do Xamã, do Yogue, do Guerreiro, do Herói, dos Sacerdotes, dos Sábios... Do
ser humano em evolução, não é feito somente de flores. É preciso muita coragem para
olhar nos olhos dos nosso monstros, enfrentá-los e dizer: aqui você não vive mais.